segunda-feira, 23 de junho de 2014

MODALIDADE DE AVALIAÇÃO

Modalidades de Avaliação
 A avaliação das aprendizagens realizada nas disciplinas que integram os planos de estudo dos cursos do Ensino Secundário compreende as modalidades de avaliação formativa e de avaliação sumativa (n.º 1 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro, nº 272/2007, de 26 de julho, e nº 4/2008, de 7 de janeiro, nº 50/2011, de 8 de abril).
 Avaliação formativa
A avaliação formativa é contínua e sistemática e tem função diagnóstica, permitindo ao professor, ao aluno, ao encarregado de educação e a outras pessoas ou entidades legalmente autorizadas obter informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens, com vista ao ajustamento de processos e estratégias. Avaliação sumativa
A avaliação sumativa consiste num juízo globalizante que conduz à tomada de decisão, no âmbito da classificação e da aprovação em cada disciplina, área não disciplinar e módulos, quanto à progressão nas disciplinas não terminais, à transição para o ano de escolaridade subsequente, à conclusão e certificação do nível secundário de educação.

 Avaliação sumativa interna
A avaliação sumativa interna consiste na formulação de um juízo globalizante sobre o grau de desenvolvimento das aprendizagens do aluno e é da responsabilidade dos professores e dos órgãos de gestão pedagógica da escola.
 A avaliação sumativa interna realiza-se: integrada no processo de ensino-aprendizagem e formalizada em reuniões do conselho de turma no final dos 1.º, 2.º e terceiro períodos letivos; através de provas de equivalência à frequência.
 Nos cursos científico-humanísticos, a regulamentação é feita pelas Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio, com as alterações introduzidas pelas Portarias nº 259/2006, de 14 de março, n.º 1322/2007, de 4 de outubro e n.º 244/2011, de 21 de junho (Artigos 13.º e 14.º).
Nos cursos tecnológicos, a regulamentação faz-se pela Portaria n.º 550-A/2004, de 21 de maio, alterada pelas Portarias n.º 260/2006, de 14 de março e n.º 207/2008, de 25 de fevereiro (Artigo 19.º).

Avaliação sumativa externa
A avaliação sumativa externa destina-se a aferir o grau de desenvolvimento das aprendizagens do aluno, mediante o recurso a instrumentos definidos a nível nacional, e realiza-se através de exames finais nacionais, nos cursos científico-humanísticos.
 Assim, a conclusão de um curso científico-humanístico depende da aprovação em todas as disciplinas, algumas das quais requerem a realização de exames nacionais, conforme estabelece o Artigo 17.º da Portaria n.º 244/2011, de 21 de junho. Deste modo, para além do exame nacional na disciplina de Português, comum a todos os cursos científico-humanísticos, o aluno realiza mais três exames nacionais, de acordo com o plano de estudos do seu curso: na disciplina trienal e nas duas disciplinas bienais da componente de formação específica ou numa dessas disciplinas e na disciplina de Filosofia da componente de formação geral.
 Planos de estudo extintos
 Consultar Decreto-Lei n.º 357/2007, de 29 de Outubro.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

TRABALHO DE GRUPO


TRABALHO DE GRUPO: PORQUÊ? 
Muitas vezes os professores pedem aos alunos que trabalhem em grupo. Mas, quais as vantagens de trabalhar em grupo? Hoje em dia, são cada vez mais as profissões onde trabalhar em grupo é uma metodologia normal de trabalho. Assim, será de todo conveniente que aprendas a trabalhar em grupo. O trabalho cooperativo, dentro ou fora da aula, e as relações de ajuda são muito importantes porque vão permitir que o aluno trabalhe melhor e desenvolva a sua personalidade. Permite ainda o desenvolvimento da cooperação e do respeito pelos outros, atitudes básicas de quem vive em sociedade. Como vês, o trabalho de grupo é importante para o teu desenvolvimento pessoal e social. A aprendizagem exige um esforço pessoal e solitário, mas há momentos em que se ganha mais se cooperarmos com os colegas. Vejamos então as vantagens de trabalhar em grupo:
 VANTAGENS DE TRABALHAR EM GRUPO: 
 Permite trocar e enriquecer ideias; Aumenta os conhecimentos que cada um tem; Desenvolve o diálogo, a cooperação e o respeito pelos outros; Desenvolve a responsabilização, quer individual, quer em grupo. Para que o trabalho de grupo seja rentável existem regras que se devem respeitar. Vejamos quais são:
 REGRAS DO TRABALHAR EM GRUPO:
 Estabelecer, com os companheiros do grupo, as regras de funcionamento, nomedamente as datas de trablho e a escolha de um líder ou porta-voz;
Planificar o trabalho: definir os objectivos do trabalho e distribuir tarefas, tendo em conta o tempo e a informação disponíveis;
Participar no trabalho, cumprindo as tarefas destinadas;
Respeitar a opinião dos outros, não rindo nem troçando se for diferente da nossa;
Evitar as discussões e cultivar o diálogo para a resolução de conflitos ou divergências
Não deixar o trabalho todo para os outros elementos do grupo;
Não falar de assuntos que não estejam relacionados com o trabalho a desenvolver.
Como trabalhar em grupo:
O dinamizador é a pessoa que orienta e faz o grupo trabalhar;
Cada elemento do grupo deve ouvir e respeitar a opinião dos outros;
No grupo todos têm uma tarefa a cumprir (distribuição de tarefas);
Cada elemento do grupo deve participar e registar as conclusões;
Os alunos devem falar um de cada vez e de forma a não perturbar os restantes elementos;
 Para esclarecer dúvidas que surjam, deve o dinamizador contactar o professor para auxiliar o grupo;
O trabalho de grupo é feito num determinado intervalo de tempo;
Na apresentação do trabalho todos devem participar. 

terça-feira, 18 de junho de 2013

OBSERVAÇÃO DIRETA

 
A observação direta é um método utilizado em research de cariz exploratório e descritivo. A observação consiste na visualização e registo sistemático de padrões de comportamento das pessoas ou outros objecto de forma obter informações sobre o objecto da Pesquisa.
O observador não questiona pessoas nem comunica com as pessoas que estão a ser observadas, apenas regista, geralmente, segundo uma grelha de observação, os comportamentos efectuados.
Em pesquisas onde o objecto do estudo não são pessoas mas outros alvos (por exemplo o layout de uma loja), o observador regista as observações segundo uma matriz previamente planeada.
Este tipo de pesquisa pode ser estruturado ou não estruturada, isto é, no primeiro caso é especificado o que deve ser observado e como devem ser registadas as observações; no segundo cado, o observador regista os aspectos que parecem importantes para o problema em análise. Este segundo método requer uma grande experiência do observador e é aplicável em matérias onde não existe conhecimento prévio sobre o assunto, geralmente, para preparar um trabalho de investigação estruturado posterior.
A observação pode ser realizada em ambiente real ou em ambiente simulado, dependendo a sua escolha do problema em questão.

sábado, 15 de junho de 2013

INCIDENTES CRÍTICOS / CASOS DE ENSINO

INCIDENTES CRÍTICOS / CASOS DE ENSINO
Os incidentes críticos ou os casos de ensino são situações que ocorrem na sala de aula e que fogem à
norma; isto é, são situações em que há comportamentos e atitudes do aluno que merecem uma atenção especial, por parte do professor. Estas situações tanto podem ser fortuitas como serem continuadas.
Evidentemente que as duas situações serão diferentes e merecerão, por isso, atenções diferentes.
Quando não se repetem, podemos pensar que se tratou apenas de uma atitude impensada do aluno
interveniente. Quando a atitude se repete ou se reveste de outras formas, então estaremos em presença de desvios de comportamento que merecem ser analisados convenientemente, de forma a tomarmos as medidas que se revelarem mais adequadas para corrigir os comportamentos desviantes.
Ao longo do ano lectivo, e em qualquer turma, acontecem sempre alguns casos especiais que nos
despertam a atenção e nos obrigam, muitas vezes, a tomar decisões quase instantâneas, para sanar o
incidente logo à partida ou evitar que tome proporções desmedidas. Nem sempre as nossas decisões
‘instantâneas’ são as mais correctas e adequadas à situação, o que pode trazer-nos alguns dissabores.
O juízo que se faz de cada situação tem a ver com vários factores, nomeadamente: a nossa sensibilidade,a nossa experiência de ensino, o nosso estado de espírito ou a interpretação que fizemos do incidente. Todos estes factores são importantes, no entanto a experiência que se tem do ensino é,
porventura, o factor mais importante. Com efeito, com o tempo vamos passando por muitas situações,
umas em que nos saímos bem e outras em que nos saímos mal. Todas elas, no entanto, ajudaram-nos a ganhar mais competência na avaliação dos comportamentos e atitudes dos alunos.
Aliás, o professor mais experiente vai avaliando cada aluno desde a primeira aula, fazendo uma espécie de retrato de cada aluno, onde inserimos todas as suas características, positivas e negativas, prevendo e antecipando possíveis comportamentos e atitudes face a situações diversas.
A reacção de cada professor face às situações pode ser diversificada, pelas razões que referimos atrás.
Portanto, não há receitas que sejam eficazes para a totalidade dos casos. Podemos dizer, no entanto, que há soluções melhores do que outras.
Cada professor conhece a sua turma melhor do que ninguém, conhece cada aluno melhor do que
ninguém, conhece as circunstâncias em que as situações ocorrem melhor do que ninguém. Por vezes, é necessário tratar o assunto com alguma delicadeza para evitar que se crie uma bola de neve. Noutras circunstâncias, é necessário cortar cerce, antes que a situação se torne explosiva.
Isto é, as circunstâncias em que os casos ocorrem, bem como os intervenientes no problema, são factores importantes na nossa reacção e tomada de decisão, que tem de ser geralmente rápida, face a cada problema.
A melhor forma de melhorar as nossas competências na análise de incidentes críticos consiste em reunir um conjunto de professores interessados, em volta de uma mesa, debatendo um conjunto de casos listados, tentando encontrar uma resposta ou conjunto de respostas mais adequadas a cada situação. A reflexão de grupo é sempre mais produtiva do que a individual.
Apresentamos de seguida alguns casos de incidentes críticos que são usuais na generalidade das escolas.
Cada professor terá os seus casos, mais ou menos problemáticos do que aqueles que apresentamos aqui.
Caso 1 – O professor é interrompido a meio da aula por um aluno que lhe diz que o conceito exposto está errado.
Caso 2 – Um aluno queixa-se ao professor que desapareceu na aula a sua máquina de calcular. Ninguém se acusa.
Caso 3 – O professor está a escrever a matéria no quadro e ouve um ruído estranho na sala. Volta-se e
não percebe de onde veio o ruído. Volta a escrever e o ruído volta a aparecer.
Caso 4 – O professor está a escrever no quadro e ouve nitidamente um aluno chamar um nome ofensivo a
um colega. Volta-se e não consegue perceber quem eram os intervenientes. Ninguém se acusa.
Caso 5 – O professor explica a matéria e um aluno, dos mais preguiçosos, diz ao professor que não
compreendeu uma dada parte da matéria. O professor volta a explicar, de uma forma diferente, e o aluno volta a dizer que não compreendeu.
Caso 6 - O professor explica a matéria e um aluno, dos mais preguiçosos, diz ao professor que não
compreendeu uma dada parte da matéria. O professor volta a explicar mais duas vezes e o aluno insiste que não compreendeu. O professor diz-lhe que não explica mais porque ele precisa é de estudar mais para poder acompanhar as matérias. O aluno diz que o professor está ali para explicar as vezes que forem necessárias.

ENTREVISTAS

8.  ENTREVISTAS

A entrevista é uma técnica muito usada quando se pretende reunir informação detalhada sobre o modo como alguns alunos realizam ou realizaram uma tarefa, o que pensam acerca de um assunto ou qual é a sua opinião sobre o que poderiam fazer para melhorar a sua aprendizagem.. Na situação de ensino-aprendizagem, a entrevista é uma conversa entre professor-aluno, podendo assumir um carácter mais ou menos formal e com vista à recolha de informação relativamente ao desenvolvimento cognitivo e/ou sócio-afectivo. Mas não deverá ser confundida com as tradicionais “chamadas orais”, sob pena de desestabilizarem emocionalmente os alunos.
A entrevista pode ser adequada para a recolha de dados sobre o processo de ensino-aprendizagem e os seus produtos, para diagnosticar progressos e dificuldades de vária ordem, ou para fornecer pistas para ultrapassar dificuldades e identificar soluções.

Observação: Nem sempre a entrevista terá de ser estruturada. Uma entrevista não estruturada é semelhante a uma conversa entre duas pessoas sem que seja necessário, por parte do professor, um guião rígido, embora estejam presentes os objectivos e as grandes questões de referência, as quais surgem normalmente no decorrer da conversa.
Exemplo e sugestões para a sua estruturação:

Caixa de texto: Plano de uma entrevista estruturada
(numa situação de resolução de problemas)

1. Apresentação do problema/exercício.
2. Pedir ao aluno para falar à vontade sobre “o que está a fazer ou a pensar” enquanto o resolve.
3. Enquanto o aluno tenta perceber o problema e as condições, observar o aluno e colocar algumas questões:
a) O que fizeste em primeiro lugar, quando o exercício/problema te foi apresentado?
b) Que questões levanta? Quais os factos e as condições importantes neste problema/exercício? Necessitas de alguma informação adicional que não é dada?
c) Há alguma coisa que não tivesses compreendido?
4. Enquanto o aluno tenta a resolução, lembrar-lhe que pode falar sobre o “problema”. Fazer algumas perguntas adicionais:
a) Que estratégia estás a usar? Pensas que essa estratégia te vai levar a uma solução? Já pensaste em usar outras estratégias? Quais?
b) Onde é que sentes dificuldade? Tens ideia de como continuar a partir daqui?
5. À medida que o aluno procura uma resposta, observar os meios, se os houver, através dos quais ele verifica a resposta e a razoabilidade da sua solução. Colocar questões deste género:
a) Tens a certeza de que é esta a resposta certa? Porquê?
b) Achas importante verificar a tua resposta? Porquê?
6. Depois de o aluno ter encontrado a solução (caso a encontre), fazer perguntas tais como:
a) Podes descrever a solução e dizer como chegaste a este resultado?
b) Este exercício é parecido com algum que tenhas resolvido? Como?
c) Achas que poderia ter sido resolvido de outra maneira? Como?
d) Como te sentiste enquanto resolvias este exercício/problema? E como te sentes agora depois de o teres resolvido?

REGISTOS DE INCIDENTES CRÍTICOS

7.  REGISTOS DE INCIDENTES CRÍTICOS

Os registos de incidentes críticos consistem numa forma de descrever comportamentos pouco habituais, negativos ou positivos, que se revelam espontaneamente dentro ou fora da sala de aula. Os comportamentos a registar devem essencialmente contribuir para aumentar o conhecimento dos alunos e ultrapassar a impressão vaga e geral que muitas vezes formamos deles. Desta forma, os dados de observação que vamos recolhendo tornam-se mais precisos, sobretudo em domínios onde as técnicas objectivas ou são inexistentes ou pouco adequadas. Tal situação verifica-se quando queremos avaliar as relações sócio-afectivas, as atitudes e alguns traços da personalidade do aluno.

Sugestões para a sua construção:
Como se trata de um instrumento de registo pouco estruturado e sem mecanismos que possam controlar a subjectividade do observador, no sentido de a diminuir, o incidente deve ser descrito com o máximo de rigor e detalhe e, separadamente, interpretado, conforme foi sugerido no exemplo anterior.
Exemplo:
Caixa de texto: Escola:___________________________________________ Turma:____ Ano:_____
Aluno:________________________________________________________ Nº:____ 
Data:___________________    Local:____________________
Professor:__________________________________________

Incidente:
Da pasta do João sairam alguns carimbos que pertenciam à escola. O aluno depois de interrogado disse que os tinha levado na 6ª feira para casa e que os escondeu na lixeira.

Interpretação:
Os carimbos tinham sido utilizados num trabalho de um grupo mais avançado. O João deve ter ficado triste por não ter feito esse trabalho e foi esconder os carimbos na lixeira onde gosta de brincar.
 

PORTFOLIOS

6.  PORTFOLIOS

Um portfolio de evidências de aprendizagens é uma colecção organizada e devidamente planeada de trabalhos produzidos por um aluno ao longo de um dado período de tempo, de forma a poder proporcionar uma visão tão alrgada e pormenorizada quanto possível das diferentes componentes do seu desenvolvimento (e.g. cognitivo, metacognitivo, afectivo, moral). Quer o professor, quer o aluno, partilham responsabilidades na sua elaboração decidindo o que incluir no portfolio, em que condições, com que objectivos e qual é o processo de avaliação.
Os portfolios são usados para uma avaliação mais autêntica, mais participada e mais reflexiva, na medida em que se elaboram sucessivas versões de uma folha/página com base nas reflexões sobre o trabalho que se foi fazendo, nos comentários das pessoas envolvidas e nas consultas bibliográficas ou multimédia.  No fundo, trata-se do desenvolvimento de um projecto em que as pessoas fazem, pensam sobre o que fazem, refazem e assim sucessivamente até ao produto final. Um projecto deste tipo exige capacidades fundamentais para que as crianças e jovens possam, no futuro, ser cidadãos livres, responsáveis e confiantes. Estas capacidades permitem-lhes: planificar, pensar criticamente, reformular, avaliar, reinventar, arriscar, aceitar o erro, aceitar críticas, aprender a ter sucesso e persistir.

Sugestões para a sua construção, por parte dos alunos:
·          Listam-se vários tópicos que parecem importantes e escrevem-se algumas frases relativamente a cada um deles;
·          Consultam-se notas e referências bibliográficas;
·          Acrescentam-se mais ideias reformulando-se e aprofundando-se o texto, dando cor à página, imagem, etc,etc.
·          Fazem-se novas revisões, solicitando a opinião de outros colegas.

TESTES

5.  TESTES

Os testes não são o instrumento privilegiado da avaliação dos alunos e, como todos os instrumentos de avaliação usados na sala de aula, a sua utilização só faz sentido se estiverem alinhados com o currículo, ou seja, com aquilo que se pretende que os alunos aprendam. Assim, os testes não podem ser o único meio de proceder à avaliação da aprendizagem, uma vez que o currículo dos ensino básico e secundário inclui não só a aquisição de conhecimentos mas também o desenvolvimento de capacidades e a promoção de atitudes e valores. Por outro lado, este tipo de instrumento de avaliação visa o desempenho máximo dos alunos e não o comportamento típico, sobretudo, quando contém exclusivamente itens de verdadeiro/falso, de escolha múltipla, de completamento, associação, ordenação e de resposta curta. Um teste objectivo como este, promove a memorização, limita-se, por vezes, a determinar o conhecimento inerte existente na memória a curto prazo e não avalia as capacidades de pensar criticamente e de raciocinar eficazmente, ou seja, não estimula a aprendizagem significativa.

Sugestões para a sua construção:
·          Os testes deverão ser construídos utilizando diferentes tipos de itens;
·          Os comportamentos de memória, classificação/compreensão, análise e resolução de problemas, devem encontrar-se harmoniosamente distribuídos pelo conjunto das questões formuladas;
·          Deve apresentar as mesmas questões a todos os alunos, com o mesmo formato e as mesmas instruções e nas mesmas condições;
·          Todo o teste deve ser apresentado de forma completamente legível e interpretável pelos alunos;
·          Os alunos devem ter familiaridade com a linguagem utilizada, não podendo revelar qualquer ambiguidade nas questões;
·          O tempo de execução não deve afectar as respostas dos alunos, ainda que o seu ritmo seja bastante inferior ao médio, mas também não poderá ser muito curto, sob pena de perder a sua validade;
·          A forma de correcção e pontuação deve ser do conhecimento prévio dos alunos ou estar claramente definida no próprio teste;
·          No caso de existir uma folha de resposta separada devem ser dadas indicações precisas;
·          Se existir agrupamento de itens este deve ser feito em função de objectivos estreitamente correlacionados e ter, na medida do possível, forma idêntica.
·          No caso de existirem opções de escolha apenas entre itens que testem os mesmos objectivos (o que deve ser evitado) esses itens devem ter o mesmo grau de dificuldade e a mesma cotação;
·          Os itens devem ser identificados por um número de série e serem apresentados completamente na mesma página.
·          A forma de resposta a cada item deve estar claramente definida e separada da pergunta, nomeadamente quanto ao formato de apresentação.

NOTA:  Na sessão nº8, falar-se-á da avaliação do trabalho experimental/laboratorial e, nomeadamente, das provas experimentais e teórico-práticas).

QUESTIONÁRIOS NA SALA DE AULA

4.  QUESTIONÁRIOS NA SALA DE AULA

Um questionário é uma lista organizada de perguntas que visa obter informações de natureza muito diversa tais como interesses, motivações, atitudes ou opiniões das pessoas. Permitem recolher informação de um elevado número de alunos, de forma rápida e podem até servir de instrumento diagnóstico.

Exemplos:
Os questionários podem ser usados para obter informação acerca de hábitos de estudo, da compreensão da utilização de determinado material/equipamento ou do tempo dispendido num determinado desempenho ou tarefa. No entanto, também podem ser usados para obter registos acerca do que os alunos fizeram (ou fariam) numa dada situação.

Sugestões para a sua construção:
Ter o cuidado de não ser muito extenso, para não gerar desmotivação e negligência nas respostas;
As questões devem ser claras, utilizando de uma linguagem acessível a todos;
Podem ser elaboradas questões abertas ou fechadas, lembrando que estas oferecem maior fidelidade;
Deverá conter instruções quanto à forma de preenchimento e oferecer garantias de anonimato e confidencialidade, caso as circunstâncias o aconselhem.

ESCALAS DE CLASSIFICAÇÃO

3.  ESCALAS DE CLASSIFICAÇÃO

As escalas de classificação integram um conjunto de características ou qualidades, distribuídas por níveis, que se pretendem avaliar. Dos vários tipos de escalas, numéricas, gráficas e gráficas descritivas, estas últimas são as mais indicadas em educação porque os vários níveis aparecem explicitados por frases claras e concisas. Permitem, além disso, o esclarecimento de certas opções do observador no espaço reservado aos comentários
Sugestões para a sua construção:
·          Para serem instrumentos de avaliação adequados, as escalas não devem ter muitos níveis (os quais indicam o grau de cada atributo);
·          Têm que estar adaptados para registar a qualidade ou extensão de um dado comportamento.
Exemplo:
 

Escola:__________________________________________________ Data:________
Aluno:_________________________________________ Nº:___ Tª:___ Ano:______
 
Instruções:
Coloque uma cruz ao longo da linha horizontal por baixo de cada nível. No espaço para os comentários inclua elementos que clarifiquem as suas opções.
 
1. Comportamento na sala de aula
 
 
 
 
 
 
 
Comentário:________________________________________________________
 
2. Participação oral
 
 
 
 
 
 
 
Comentário:_______________________________________________________
 
3. Colaboração com os colegas
 
 
 
 
 
 
Comentário:_________________________________________________________
 

 
 
 
 
 
 
 
 

GRELHAS DE OBSERVAÇÃO

2.  GRELHAS DE OBSERVAÇÃO

As grelhas permitem registar a frequência dos comportamentos e observar a progressão dos mesmos. Devido às dificuldades de utilização deste instrumento é conveniente definir previamente o grupo de alunos a observar e seleccionar apenas os comportamentos que ainda não são, mas pretendemos que venham a ser, típicos de uma turma.
Como têm normalmente de ser registadas em simultâneo com o que está a ser observado, uma das melhores formas que os professores encontraram para ultrapassar as dificuldades inerentes a esta simultaneidade tem sido o recurso à auto-avaliação, o que não quer dizer que assim seja sempre.

Sugestões para a sua construção:
·          Incluir apenas um número reduzido de comportamentos;
·          Apresentar uma forma de registo rápida e simples;
·          Ser fácil de manusear.
Exemplo:
 
Caixa de texto: Escola:___________________________________________________  Ano:______
Aluno:__________________________________________________ Nº:___ Tª:___

Comportamentos observados no 3º Período ABRIL MAIO JUNHO
Respeita os direitos, opiniões e capacidades dos outros   
Mostra-se responsável pelo progresso do seu grupo de trabalho   
É cuidadoso com os bens pessoais e da Escola   
Utiliza o tempo de uma forma organizada   
É atento   
Segue as directrizes que lhe são dadas   
Evidencia pensamento independente e originalidade   
Procura conhecimentos que vão além do superficial   
Mostra capacidade para definir problemas e localizar fontes de informação   
Interpreta dados de uma forma rigorosa e selectiva   
Mostra uma capacidade crescente de autodirecção   
Apresenta domínio da informação factual   

Escala:   A – elevado ;  B – médio ;  C – reduzido ;  0 – sem informação

1. LISTAS DE VERIFICAÇÃO

1. LISTAS DE VERIFICAÇÃO

As listas de verificação destinam-se a registar a presença ou ausência de um comportamento ou de um resultado de aprendizagem. Podem ser utilizadas por professores, mas também por alunos, para registar comportamentos individuais ou de um grupo. O seu preenchimento é simples, sendo, por isso, um instrumento de fácil aplicação e objectivo a nível da observação.

Sugestões para a sua construção:
·          Identificar os comportamentos ou características importantes;
·          Registar com clareza e objectividade cada elemento da lista;
·          Colocar itens relativos às dificuldades mais frequentes;
·          Colocar as acções previstas pela ordem que deseja que ocorram;
·          Referir-se a uma só característica ou comportamento em cada item;
·          Certificar-se de que só existe um modo de realizar o desempenho de forma eficaz;
·          Juntar à descrição, sempre que possível, o critério de um desempenho aceitável;
·          Elaborar listas curtas e de fácil manuseamento (por exemplo, não ocupar frente e verso de uma folha).
Exemplo:
 
Caixa de texto: Escola:____________________________________________ Ano:_____________
Aluno:________________________________________________ Nº:____ Tª:____

Comportamento observado Sim Não Não observado
Está atento   
Ajuda os companheiros   
Arruma o seu material   
É cuidadoso com o material   
Tem a sua mesa limpa   
Conclui as tarefas iniciadas   
Deixa os outros intervir

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

.  INTRODUÇÃO

Alguns dos instrumentos de avaliação que podem ser utilizados citam-se a seguir:
  1. Listas de verificação
  2. Grelhas de observação
  3. Escalas de classificação
  4. Questionários na sala de aula
  5. Testes (teóricos, práticos e teórico-práticos)
  6. Portfolios
  7. Registos de incidentes críticos
  8. Entrevistas
Estes instrumentos podem ser usados pelo professor ou pelos alunos facilitando assim formas de auto e hetero-avaliação. Quando utilizados pelos alunos podem alterar de forma positiva as suas atitudes verificando-se que, por iniciativa própria, eles corrigem ou alteram os seus comportamentos.

Técnicas em Dinâmica de Grupo

TG-01 - DISCUSSÃO LIVRE

1. Caracterização da técnica

Reunião informal de pequeno grupo com livre apresentação de idéias, sem qualquer limitação quanto à exeqüibilidade. Possibilita o máximo de criatividade e estímulo, permitindo o exame de alternativas para solução de problemas dentro de uma atmosfera de reflexão e comunicação.

2. A técnica é útil para:

  1. Aprofundamento do estudo de um tema.
  2. Discussão de problemas e exame de soluções.
  3. Explorar novas possibilidades, assegurando idéias dinâmicas e novas que poderão ser aproveitadas.
  4. Tomada de decisão cujo cumprimento não seja urgente.
  5. Somente para avaliação do processo do grupo.

3. Use a técnica quando:

  1. O grupo não possuir mais de 15 membros ou use mini-grupos de 5.
  2. Os membros forem relativamente maduros e quando se conhecem o suficiente para dialogarem livremente.
  3. Houver uma atmosfera de liberdade de expressão.
  4. Não houver comprometimento com padrões e fórmulas usuais.
  5. Os membros do grupo possuírem flexibilidade para criar novas soluções ou apontar novas diretrizes.
  6. O grupo for homogêneo.
  7. O grupo tiver objetivos comuns.
  8. Houver tempo suficiente para abordar-se o problema com calma e método.

4. Como usar a técnica

  1. Conhecer a amplitude do problema a ser debatido, fixando as linhas de discussão e o tempo disponível para a reunião.
  2. Estabelecer um ambiente informal que facilite a comunicação e a cooperação entre os membros.
  3. Interpretar a técnica a ser usada na reunião.
  4. Escolher um encarregado para fazer as anotações e registros das idéias apresentadas.
  5. Esclarecer que são normas da discussão livre:
  • as idéias têm de ser expressas sem qualquer limitação quanto às possibilidades de execução.
  • as idéias só serão rejeitadas se não se relacionarem com o assunto em discussão, ou seja, podem ser desenvolvidas e detalhadas, mas Não restringidas (função do logicizador, conforme consta da relação de FUNÇÕES).

TG-02 - DISCUSSÃO 6/6, ou, PHILLIPS

1. Caracterização da técnica

Consiste no fracionamento de um grupo numeroso em pequenos grupos a fim de facilitar a discussão. A denominação provém do fato de haver sido o método difundido por J.D. Phillips, e por serem os pequenos grupos formados por 6 pessoas que discutem o assunto durante 6 minutos. Entretanto, essa característica não é rígida, podendo o grupo alterar tanto o número como o tempo, de acordo com a conveniência. A técnica permite a participação de todos os presentes numa atmosfera informal; estimula a troca de idéias, encoraja a divisão de trabalho e a responsabilidade; ajuda os membros a se libertarem de suas inibições e participação num debate.

2. A técnica é útil para:

  1. Obter informações do grupo sobre seus interesses, problemas, etc.
  2. Levantar dados e sugestões dos participantes para aproveitamento no planejamento de atividades, programas, diretrizes.
  3. Criar um clima de receptividade que facilite o aprendizado.
  4. Analisar e buscar soluções para problemas.
  5. Maior participação operativa e efetiva de todos os membros do grupo.

3. Use a técnica quando:

  1. For conveniente diluir o formalismo de um grupo e criar um clima de cooperação e envolvimento pessoal dos membros.
  2. Desejarmos os níveis de participação e comunicação,
  3. For necessário reunirmos rapidamente as idéias, sugestões ou opiniões de um grupo.
  4. Desejarmos obter ou verificar se existe consenso.
  5. Desejarmos verificar cada membro com o grupo.
  6. Desejarmos estimular a discussão e o raciocínio.
  7. A natureza do assunto exigir sua discussão em grupos pequenos.
  8. Desejarmos obter uma visão pluridimensional do assunto.
  9. As condições físicas do ambiente permitirem o deslocamento de cadeiras e sua arrumação em círculos.
  10. Se pretender enfatizar a troca de experiências. A técnica é de pouca valia para difusão de informações, salvo se houver permutação entre os grupos.

4. Como usar a técnica

  1. Planejar, com antecedência, as perguntas, problemas ou roteiro de discussão que serão colocados aos subgrupos.
  2. Explicar ao grupo o funcionamento da técnica, sua finalidade, o papel e as atitudes esperadas de cada membro e o tempo disponível para a discussão.
  3. Dividir o grupo em subgrupos, aproveitando para colocar juntos os membros que ainda não se conheçam e evitar as "panelinhas".
  4. Solicitar aos membros dos pequenos grupos que se apresentem, escolham um coordenador para os debates e um relator ou secretário para fazer as anotações.
  5. Cada grupo deve ser montado com um número de membros igual ao número de subgrupos. Isto possibilitará a rotação dos grupos como indicado em "h".
  6. Distribuir cópias escritas dos assuntos a serem discutidos.
  7. Esclarecer qual o tempo disponível. O tempo pode ser prorrogado, se conveniente.
  8. Terminado o tempo, cada elemento de cada subgrupo receberá um número.
  9. Agora os subgrupos tornam a se reunir, mas todos os "1" num grupo; todos os "2" noutros; e assim por diante.
  10. Cada um apresentará para o subgrupo as conclusões do seu antigo subgrupo.
  11. Os relatores dos subgrupos (os dois) reunir-se-ão para elaborar um único relatório, que poderá ser oral ou escrito, para apresentá-lo ao grupão.
Obs. Fazer as trocas com o cuidado de romper as "panelinhas" e fazer as "aproximações". Pode ser feito um sistema de fracionamento do texto.

TG-03 - DRAMATIZAÇÃO, ou, ROLE PLAYING

1. Caracterização da técnica

  1. Consiste na encenação de um problema ou situação no campo das relações humanas, por duas ou mais pessoas, numa situação hipotética em que os papéis são vividos tal como na realidade. A síntese desses papéis é um dos aspectos mais importantes do método. Os que vão encenar devem compreender o tipo de pessoa que dever interpretar durante a dramatização. O resumo do papel deve conter apenas a condição emocional e as atitudes a serem adotadas, sem detalhes sobre aquilo que deverá ocorrer durante a apresentação.
Essa técnica permite a informalidade e assegura a participação psicológica do indivíduo e do grupo; elimina as inibições e facilita a comunicação.

2. A técnica é útil para:

  1. Desenvolver a capacidade de relacionamento com outras pessoas através da compreensão da natureza do comportamento humano.
  2. Fornecer dados de relações humanas que podem ser utilizados para análise e discussão.
  3. Facilitar a comunicação, "mostrando" e não "falando".
  4. Oportunidade para que os indivíduos "representem" seus problemas pessoais. Os que na vida real não puderam reconhecê-los, compreende-los, quando viverem em cena, irão reconhecer sua falta de habilidade para lidar com os outros, podendo aprender a enfrentar o seu problema ao vê-lo retratado no grupo.
  5. Criar no grupo uma atmosfera de experimentação e de possível criatividade.
  6. Despersonalizar o problema dentro do grupo. Quando apresentado em cena, abstraídas as personalidades dos executantes reais, há maior liberdade de discussão.

3. Use a técnica quando:

  1. Os padrões e o controle social do grupo são de molde a garantir um nível de comentário e discussão que não afetam psicologicamente os membros.
  2. O indivíduo reconhece a necessidade de aprofundar-se nos seus verdadeiros motivos, impulsos básicos, bloqueios e ajustamentos, a fim de aumentar sua eficiência como membro do grupo.
  3. Os "atores" sentem-se relativamente seguros a ponto de quererem "expor-se" ao grupo, ou seja, expor seus sentimentos, suas atitudes, suas frustrações, sua capacidade e suas aptidões.
  4. Sentir-se como coordenador ou instrutor, bastante seguro dos objetivos que pretende atingir ao usar a técnica.
  5. O alvo for mudar as atitudes de um grupo.
  6. Se deseja preparar um ambiente ideal para resolver problemas.

4. Como usar a técnica

  1. Apresentar ou definir o problema que será dramatizado.
  2. Fixar a simulação ou os aspectos específicos de relacionamento humano a serem enfatizados na dramatização.
  3. Definir ou apresentar quais os papéis necessários à encenação.
  4. Escolher os atores, os quais planejarão as linhas gerais de seu desempenho, ou seja, a condição emocional e as atitudes a serem adotadas, sem especificar o que deverá ser feito na encenação.
  5. Os próprios "atores" poderão armar o "palco" que dispensará excessivo mobiliário e roupagem, dando ênfase à descrição verbal da situação.
  6. Os "ensaios" terão caráter de reuniões preparatórias onde as características dos papéis serão examinadas, sem preocupação quanto à "perfeição da representação" dos atores.
  7. Determinar ou definir o papel de grupo a ser desempenhado durante e após a dramatização, o que conclui a escolha do tipo de debates que se seguirá, bem como a determinação dos aspectos que deverão ser avaliados.
  8. Realizar a dramatização em tempo suficiente para permitir a apresentação dos dados, evitando-se a demora excessiva.
  9. Se o instrutor achar conveniente, poderá consultar o grupo quanto ao seu interesse em repetir a dramatização com a inclusão de idéias e sugestões que forneçam novo material para aprofundamento de debate.
  10. Poderão, também, ser usados outros artifícios, como por exemplo, a substituição dos papéis (troca) para verificação de sentimentos e atitudes, possibilitando a um personagem "colocar-se na pele do outro". É um jogo de reversibilidade, a favor e contra, ou tarefa invertida.

TG-04 - ENTREVISTA

1. Caracterização da técnica

Consiste numa rápida série de perguntas feitas por um entrevistador, que representa o grupo, a um especialista em determinado assunto. Este, geralmente, não pertence ao grupo, ao contrário do entrevistador que é membro dele. É menos formal que a preleção e mais formal que o diálogo.

2. A técnica é útil para:

  1. Obter informações, fatos ou opiniões sobre algum assuntos de importância para o grupo.
  2. Estimular o interesse do grupo por um tema.
  3. Conseguir maior rendimento de um especialista que seja versátil ao falar sozinho perante um grupo.

3. Use a técnica quando:

  1. O grupo é numeroso, o que tornaria ineficiente o interrogatório indiscriminado dos membros do grupo ao entrevistador.
  2. Outras técnicas forem desaconselhadas.
  3. Um dos membros do grupo (entrevistador) possuir boa capacidade de relações humanas ou de comunicação e segurança para poder obter as informações desejadas do especialista.
  4. A técnica poderá ser utilizada com um elemento novo no grupo.

4. Como usar a técnica

  1. Convidar um especialista no assunto.
  2. Indicar um entrevistador, que organizará com o especialista um questionário e fixará a duração e a maneira de conduzir a entrevista. O entrevistador poderá obter do grupo os temas principais a serem enfocados e deverá atuar como intermediário entre o grupo e o especialista.
  3. A entrevista deverá ser mantida em tom de conversa e as perguntas devem ser formuladas de forma a evitar respostas do tipo "sim" ou "não".
  4. Manter as perguntas ao nível de entendimento geral do grupo. O entrevistador, por sua vez, evitará a terminologia técnica que não esteja ao alcance do grupo.

TG-05 - GRUPO DE COCHICHO, ZUM-ZUM ou FACE A FACE

1. Caracterização da técnica

Consiste na divisão do grupo em subgrupos de dois membros que dialogam, em voz baixa, para discutir um tema ou responder uma pergunta, sem requerer movimento de pessoas. Após, é feita a apresentação dos resultados do grupão. É um método extremamente informal que garante a participação quase total, sendo de fácil organização.
2. A técnica é útil para:
  1. Comentar, apreciar e avaliar, rapidamente, um tema exposto.
  2. Sondar a reação do grupo, saber o que ele quer.
  3. A consideração de muitos aspectos distintos do assunto.
3. Use a técnica quando:
  1. O número de participantes for, no máximo, 50 pessoas.
  2. Desejar obter maior integração do grupo.
  3. Quiser criar o máximo de oportunidades para a participação individual.
  4. For necessário "quebrar o gelo" dos participantes.
4. Como usar a técnica
  1. Dividir o grupão em subgrupos de dois membros, dispostos um junto do outro (lado ou frente).
  2. Explicar que os grupos de cochicho dispõem de tantos minutos para discutir o assunto, após o que um dos membros exporá o resultado ao grupão, na ordem que for convencionada.
  3. Apresentar a questão e conduzir as exposições, que serão feitas, após o cochicho, de forma objetiva e concisa.

TG-06 - GV-GO

1. Caracterização da técnica

Consiste na divisão do grupo em dois subgrupos (GV = grupo de verbalização; GO = grupo de observação). O primeiro grupo é o que irá discutir o tema na primeira fase, e o segundo observa e se prepara para substitui-lo.. Na segunda fase, o primeiro grupo observa e o segundo discute. É uma técnica bastante fácil e informal.

2. A técnica é útil para:

  1. Análise de conteúdo de um assunto-problema.
  2. introdução de um novo conteúdo.
  3. Conclusão de estudo de um tema.
  4. Discussão de problema e exame de solução.
  5. Estimular a participação geral do grupo.
  6. Estimular a capacidade de observação e julgamento de todos os participantes. Para isso cada participante do GO deve cumprir um papel na observação, buscando encontrar aspectos positivos e negativos na objetividade e operatividade do GV.
  7. Levar o grupo a um consenso geral.
  8. Desenvolver habilidades de liderança.

3. Use a técnica quando:

  1. O número de participantes for relativamente pequeno.
  2. Já houver um bom nível de relacionamento e de comunicação entre os membros do grupo.
  3. For necessário criar uma atmosfera de discussão.
  4. For conveniente diluir o formalismo do grupo.
  5. Desejarmos estimular a discussão e o raciocínio.

4. Como usar a técnica

  1. O coordenador propõe o problema e explica o qual o objetivo que pretende com o grupo.
  2. Explica como se processará a discussão e fixa o tempo disponível
  3. O grupo é dividido em dois.
  4. Um grupo formará um círculo interno (GV) e o outro um círculo externo (GO).
  5. Apenas o GV debate o tema. O GO observa e anota.
  6. Após o tempo determinado, o coordenador manda fazer a inversão, passando o grupo interno para o exterior e o exterior para o interior.
  7. Após as discussões, o coordenador poderá apresentar uma síntese do assunto debatido. Poderá ser, inicialmente, marcado um "sintetizador".

TG-07 - LEITURA DIRIGIDA

1. Caracterização da técnica

É o acompanhamento pelo grupo da leitura de um texto. O coordenador fornece, previamente, ao grupo uma idéia do assunto a ser lido. A leitura é feita individualmente pelos participantes, e comentada a cada passo, com supervisão do coordenador. Finalmente o coordenador dá um resumo, ressaltando os pontos chaves a serem observados.

2. A técnica é útil para:

  1. Apresentar informações para o grupo.
  2. Introduzir um conteúdo novo dentro do programa.
  3. A interpretação minuciosa de textos, rotinas, etc.

3. Use a técnica quando:

  1. O tema puder ser apresentado por escrito, com número de cópias ou exemplares suficientes para todos os membros do grupo.
  2. Há interesse do grupo em aprofundar o estudo de um tema.
  3. A participação geral não for o objetivo principal.
4. Como usar a técnica
  1. Providenciar número de exemplares ou cópias igual ao número de participantes.
  2. O círculo continua sendo a melhor maneira de dispor o grupo.
  3. Oferecer inicialmente ao grupo uma idéia geral do assunto a ser explorado.
  4. Comentar os aspectos relevantes do tema.
  5. Se houver tempo, primeiro fazer uma leitura geral, e só então fazer a leitura ou parágrafo a parágrafo.
  6. Após a leitura, é saudável uma discussão em grupo.

TG-08 - PAINEL COM INTERROGATÓRIO

1. Caracterização da técnica

Um pequeno grupo de especialistas em determinado assunto discute e é interrogado por uma ou mais pessoas, geralmente sob a coordenação de um moderador. Trata-se de uma variação de técnica de discussão em painel. Dele participam três a cinco pessoas, o moderador e os interrogadores. A discussão é informal, mas as respostas devem ser dadas com a máxima precisão. O desenvolvimento do assunto baseia-se na interação entre o interrogador e o painel.. As perguntas devem ser objetivas.

2. A técnica é útil para:

  1. Despertar o interesse do grupo para um tema.
  2. Discutir um grande número de questões, num curto espaço de tempo
  3. Apresentar diferentes aspectos de um assunto complexo.
  4. Aproveitar a experiência de alguns membros do grupo.
  5. Conseguir detalhes de algum assunto ou problema.

3. Use a técnica quando:

  1. O número de participantes é muito grande.
  2. Os integrantes do painel (moderadores e interrogadores) puderem ser escolhidos entre os membros do próprio grupo.
  3. O grupo estiver interessado em aprofundar o tema.
4. Como usar a técnica
  1. Selecionar com antecedência o moderador, os interrogadores e o painel.
  2. O moderador deve reunir-se com os interrogadores para fixar a orientação.
  3. Na reunião, o moderador apresenta ao grupo os integrantes do painel.
  4. A seguir apresenta sucintamente o assunto e explica a técnica.
  5. Os interrogadores devem iniciar o interrogatório, expressando as perguntas de maneira clara e concisa. O êxito das discussões depende dos interrogadores, que têm grande responsabilidade na condução dos debates, tanto do ponto do encadeamento da idéia, como do nível de detalhe a que se deve chegar.
  6. O moderador intervirá quando houver necessidade de aprofundar um aspecto abordado, esclarecer um ponto obscuro, pedir a repetição de uma pergunta ou de uma resposta não compreendida, interpelar algum membro do painel que estiver sendo prolixo, fugindo do tema central ou interpretando mal seu papel.
  7. Ao final do interrogatório, o moderador apresenta uma síntese ou simula geral.

TG-09 - PAINEL INTEGRADO

1. Caracterização da técnica

Constitui uma variação da técnica de fracionamento. O grande grupo é dividido em subgrupos que são totalmente reformulados após determinado tempo de discussão, de tal forma que cada subgrupo é composto por integrantes de cada subgrupo anterior. Cada participante leva para o novo subgrupo as conclusões e/ou idéias do grupo anterior, havendo assim possibilidades de cada grupo conhecer as idéias levantadas pelos demais. A técnica permite a integração de conceitos, idéias, conclusões, integrando-os.

2. A técnica é útil para:

  1. Introduzir assunto novo.
  2. Integrar o grupo.
  3. Explorar um documento básico sobre determinado assunto.
  4. Obter a participação de todos.
  5. Familiarizar os participantes com determinado assunto.
  6. Continuar um debate sobre tema apresentado anteriormente sob a forma de preleção, simpósio, projeção de slides ou filmes, dramatização, etc ....
  7. Aprofundar o estudo de um tema.

3. Use a técnica quando:

  1. Trabalhar com grupos de 15 pessoas, no mínimo.
  2. Desejar proporcionar contato pessoal entre os membros do grupão.
  3. Quiser diluir o formalismo do grupo.
  4. Houver um interesse em elevar de níveis de participação e comunicação.
  5. Desejamos obter uma visão do assunto sob vários ângulos.
  6. O tempo for limitado.
  7. Houver possibilidade de deslocamento de cadeiras e de sua arrumação em círculos.

4. Como usar a técnica

  1. Planeje com antecedência o tema e a aplicação da técnica em função do número de participantes, natureza do assunto, tempo disponível, espaço existente, etc....
  2. Explique ao grupo o funcionamento da técnica, o papel e as atitudes esperadas de cada membro e o tempo disponível.
  3. Divida o grupo em subgrupos. Apresenta as questões ou o tema para discussão. Esclareça que todos devem anotar as idéias e conclusões do grupo para transmita-las aos demais grupos.
  4. Formar novos grupos integrados por elementos de cada um dos grupos anteriores, elegendo um relator para cada um, com o fim de apresentar as conclusões ao grupão.
  5. Faça um sumário das conclusões dos grupos e permita que estas sejam discutidas para se chegar ao consenso.

TG-10 - PAINEL PROGRESSIVO

1. Caracterização da técnica

Consiste no trabalho individual que progride para o grande grupo através da formação sucessiva de grupos que se constituem pela junção de grupos formados na etapa anterior, que vão aumentando até se fundirem num só (plenário). Em cada etapa sucessiva os grupos devem retomar as conclusões da etapa anterior a fim de desenvolvê-las, harmonizando-as.

2. A técnica é útil para:

  1. Aprofundar o conhecimento de um tema pelas diferentes visões e maneiras de abordá-lo e tratá-lo.
  2. Fazer com que os participantes entendam o tema.
  3. Integrar o grupo.
  4. Introduzir um conteúdo novo.
  5. Obter a participação de todos os membros do grupo.
  6. Obter conclusões do grupo acerca de um assunto-problema.
  7. Prosseguir o debate sobre um assunto anteriormente apresentado sob a forma de audiovisual, dramatização, palestra, etc.

3. Use a técnica quando:

  1. Trabalhar com grupos de 15 pessoas, no mínimo.
  2. For conveniente quebrar o formalismo do grupo.
  3. Desejarmos obter o consenso grupal acerca do tema quer esteja sendo estudado.
  4. Desejarmos incrementar a discussão, possibilitando a todos darem a sua contribuição.
  5. As condições físicas do ambiente permitirem o deslocamento de cadeiras e sua disposição em círculo.
  6. Se pretender valorizar a contribuição pessoal de cada membro e a troca de experiências.
4. Como usar a técnica
  1. Planeje com antecedência a reunião em que aplicará a técnica, em função do tema, do número de participantes, to tempo, etc.
  2. Após a apresentação do problema ou distribuição das cópias do assunto a ser discutido a todos os participantes, explique o funcionamento da técnica em suas várias etapas, como p.e.:
    1. Leitura individual do texto ou resposta por escrito a uma questão feita.
    2. Grupamento de dois ou mais membros que analisam, discutem e elaboram uma conclusão com base nas contribuições individuais.
    3. Grupamento cujo número de membros seja múltiplo do número de integrantes dos grupos anteriores, trabalhando as conclusões anteriores, listando-as e aglutinando-as.
    4. Conclusões gerais do grupão (plenário).
  3. número de etapas e o tempo de duração de cada é limitado pelo número de participantes e pelo assunto a ser debatido.

TG-11 - SEMINÁRIO

1. Caracterização da técnica

Grupo reduzido investiga ou estuda intensamente um tema em uma ou mais sessões planificadas, recorrendo a diversas fontes originais de informação. É uma forma de discussão em grupo de idéias, sugestões, opiniões. Os membros não recebem informações já elaboradas, mas investigam com seus próprios meios em um clima de colaboração recíproca. Os resultados ou conclusões são de responsabilidade de todo o grupo e o seminário se conclui com uma sessão de resumo e avaliação. O seminário é semelhante ao congresso, porém tem uma organização mais simples e um número mais limitado de participantes, sendo, porém, este grupo mais homogêneo.

2. A técnica é útil para:

  1. Levantar problemas.
  2. Estimular a discussão em torno de um tema.
  3. Conduzir a conclusões pessoais, não levando necessariamente a conclusões gerais e recomendações.
  4. Estudar em grupo idéias, opiniões e sugestões de interesse de um determinado grupo.
  5. Propiciar a troca de experiências entre grupos com um mesmo interesse ou conhecimento.

3. Use a técnica quando:

  1. O grupo for pequeno e apresentar certa homogeneidade.
  2. Os membros do grupo tiverem interesses e objetivos comuns.
  3. O coordenador tiver bastante habilidade para conduzir o debate.
  4. Não existir marcantes diferenças de conhecimento entre os membros do grupo.
  5. Se pretender dar ênfase ao conteúdo a ser debatido e a troca de experiências entre os membros.
  6. Se desejar formar um consenso geral sobre determinados assuntos ou problemas.

4. Como usar a técnica

  1. Planejar o desenvolvimento dos temas, fixando os objetivos da discussão antes de iniciá-la.
  2. Não são fornecidos aos participantes informações já elaboradas.
  3. Podem ser realizadas várias sessões para o exame do assunto ou problema.
  4. Concluir com uma sessão de resumo e avaliação.

TG-12 - SIMPÓSIO

1. Caracterização da técnica

Consiste na exposição sucessiva sobre diferentes aspectos ou fases de um só assunto ou problema, feita por uma equipe selecionada (3 a 5 pessoas) perante um auditório, sob a direção de um moderador. O expositor não deve ultrapassar a 20 minutos na sua preleção e o simpósio não deve ir além de hora e meia de duração. Ao final do simpósio, o auditório poderá participar em forma de perguntas diretas.

2. A técnica é útil para:

  1. Obter informações abalizadas e ordenadas sobre os diferentes aspectos de um tema.
  2. Apresentar fatos, informações, opiniões, etc., sobre um mesmo tema.
  3. Permitir a exposição sistemática e contínua acerca de um tema.
  4. Discussões em que os objetivos são muito mais a aquisição de elucidações do que propriamente a tomada de decisões.
  5. O exame de problemas complexos que devam ser desenvolvidos de forma a promover a compreensão geral do assunto.

3. Use a técnica quando:

  1. Não houver exigência de interação entre os participantes.
  2. Os padrões do grupo e a identidade entre seus membros forem de tal ordem que tornem aceitável uma técnica de exposição formal.
  3. A formalidade das exposições não prejudicarem a compreensão do conteúdo do tema.
  4. Os membros do grupo forem capazes de integrar, num todo homogêneo, as idéias apresentadas por diferentes pessoas nas diversas partes da exposição.
  5. O grupo não for julgado bastante maduro para superar possíveis conflitos gerados numa discussão livre sobre um assunto relativamente complexo.
  6. Houver interesse em se colocar diferentes pontos de vista sobre um assunto.
  7. O número de participantes é muito grande para permitir o interesse total do grupo.

4. Como usar a técnica

  1. Selecionar e convidar os expositores do simpósio. Estes não devem ter idéias preconcebidas e devem apresentá-las sem paixão.
  2. O moderador deve reunir-se previamente com os oradores para garantir o acordo sobre o fracionamento lógico do assunto, identificar as áreas principais e estabelecer s horários.
  3. Na reunião, o moderador deve apresentar os integrantes do simpósio, expor a situação geral do assunto e quais as partes que serão enfatizadas por cada expositor, criar atmosfera receptiva e motivar o grupo para as exposições.
  4. Os integrantes do simpósio devem fazer apresentações concisas e bem organizadas dentro do tempo estabelecido.
  5. O moderador poderá, quando oportuno, conceder a cada integrante do simpósio, um certo tempo para esclarecimentos e permitir que um participante possa formular uma ou duas perguntas a outro expositor.

TG-13 - ENCADEAMENTO DE IDÉIAS

1. Caracterização da técnica

Discussão com grupos entre 12 e 30 pessoas, sobre assunto já trabalhado com todo o grupo. Possibilita recordação agradável e estimulante exercício mental.

2. A técnica é útil para:

  1. Aprofundar o estudo de um tema.
  2. Obter dados sobre o nível de informação e compreensão individual do assunto.
  3. Agilização do raciocínio.
  4. Estimular o interesse do grupo sobre o tema.
  5. Estimular a participação geral do grupo.
  6. Discutir grande número de questões em pouco tempo.

3. Use a técnica quando:

  1. O grupo possuir entre 12 e 30 membros.
  2. O grupo já domine o assunto e houver interesse em revisão.
  3. Desejarmos a participação de todos os membros do grupo.
  4. Desejarmos identificar cada membro do grupo.
  5. Desejarmos estimular e agilizar o raciocínio.

4. Como usar a técnica

  1. Organizar duas fileiras de cadeiras, voltadas face a face.
  2. A dinâmica se inicia com o primeiro da fileira direita fazendo uma pergunta ao primeiro da esquerda.
  3. Respondida a questão, o segundo da direita usará a resposta dada para formular a sua pergunta ao segundo da esquerda, mantendo o encadeamento da idéia. E assim sucessivamente.
  4. Terminado, volta-se ao início, mas agora invertendo as posições.
  5. Tanto as perguntas como as respostas devem ser feitas e dadas rapidamente, de forma concisa, não havendo intervalo entre pergunta-resposta-pergunta-resposta-....

TG-14 - TEMPESTADE CEREBRAL

1. Caracterização da técnica

É uma técnica de produção de idéias ou de soluções de problemas em grupo. Possibilita o surgimento de aspectos ou idéias que não iriam ser, normalmente, levantadas. Na prática não deve ser estabelecida nenhuma regra ou limite, eliminando assim todos os prováveis bloqueios ao "insight".

2. A técnica é útil para:

  1. Desenvolver a criatividade
  2. Liberar bloqueios de personalidade.
  3. Vencer a cegueira intelectual que nos impede de vê as mil e uma soluções de cada problema.
  4. Criar um clima de otimismo no grupo.
  5. Desenvolver a capacidade de iniciativa e liderança.

3. Use a técnica quando:

  1. Não estiver encontrando idéias para novas iniciativas.
  2. Não estiver encontrando solução para algum problema.
  3. Precisar que o grupo comprove sua capacidade de abrir caminhos e produzir soluções.
  4. Precisar romper bloqueios criados na personalidade do grupo ou de membro do grupo.

4. Como usar a técnica

  1. Disponha o pessoal como for possível, de preferência em círculo.
  2. Crie um clima informal e descontraído de esportividade e muita espontaneidade.
  3. Suspenda (proíba mesmo) críticas, julgamentos, explicações. Só vale colocar a idéia.
  4. Levar todos a romper com sua auto-censura, expondo o que lhe vier a cabeça, sem pré-julgar.
  5. Pedir que emitam idéias em frases breves e concisas.
  6. Todos devem falar alto, sem ordem preestabelecida, mas um de cada vez.
  7. Proibir cochichos, risinhos e conversas paralelas.
Obs.- No grupo de 20 pessoas, o número de sugestões dadas em cinco minutos é 100. Sinal de que o grupo é criativo. Não desanimar se nos primeiros exercícios ficarem muito aquém deste número. Tudo é questão de treino.

TG-15 - DISCUSSÃO CIRCULAR

1. Caracterização da técnica

É um processo de encadeamento de aspectos dentro de uma mesma idéia. Oferece oportunidade ao raciocínio rápido e comprovação do entendimento do assunto.

2. A técnica é útil para:

  1. Agilizar o raciocínio individual.
  2. Rápida revisão do assunto.
  3. Comprovação do entendimento e dos pontos falhos.
  4. Dar oportunidade a todos de expressarem seu entendimento ou dívida.

3. Use a técnica quando:

  1. O estudo de um assunto estiver completo.
  2. Desejar rever um assunto.
  3. Desejar reforçar o conteúdo de um assunto.
  4. Precisar estimular o raciocínio encadeado.
  5. For preciso anotar os atos falhos sobre um assunto.

4. Como usar a técnica

  1. Apresente uma pergunta de forma clara e condensada.
  2. Verifique se todos entenderam a questão apresentada.
  3. Explique que cada um deve apresentar um aspecto novo sobre a pergunta feita, ou seja, não vale repetir coisas já faladas.
  4. Cada um tem um minuto, no máximo, para se expressar.
  5. Após apresentar a pergunta e fazer os esclarecimentos que se fizerem necessários, pedir a alguém que se apresente para iniciar a rodada.
  6. Após ele, o do seu lado é que deve continuar, não devendo ser permitido "saltar" para outro.
  7. Ninguém deve interromper ou responder a uma crítica enquanto não chegar a sua vez.
  8. A "discussão circular" continua até que todos achem que nada mais há a acrescentar, ou até esgotar o tempo previsto.
  9. Após a primeira rodada, em que todos devem participar, pode ser pedida a dispensa da palavra com um: "passo".

TG-16 - TÉCNICA DE RUMINAÇÃO

1. Caracterização da técnica

Possibilita fundir o esforço individual com o do grupo, no entendimento de um texto. Leva a uma leitura cuidadosa, minuciosa e profunda do texto, de forma individual.

2. A técnica é útil para:

  1. Habituar a leu um texto com o máximo de atenção.
  2. Habituar a ler compreensivamente.
  3. Exercitar a apreender detalhes de um texto.
  4. Exercitar a apreender os aspectos gerais de um texto.

3. Use a técnica quando:

  1. Não souber as condições do grupo em apreender um texto.
  2. Quiser treinar leitura e interpretação de texto.
  3. Quando grupo tiver um mínimo de condições de leitura.
  4. O assunto exigir aprofundamento.

4. Como usar a técnica

  1. Distribuir o texto entre os participantes, solicitando-se que o mesmo seja lido integralmente e de uma só vez, pelo que o referido texto não deve ser nem muito longo nem muito sintético.
  2. Após esta primeira leitura, os participantes são convidados a uma segunda leitura, devendo ser anotadas as partes não compreendidas, bem como aquelas compreendidas e consideradas significativas ou fundamentais do texto.
  3. Após esta segunda leitura, será levado a efeito um trabalho de esclarecimento quanto às partes não compreendidas, com a cooperação de todo o grupo e o coordenador. Cada participante expõe suas dúvidas, que o grupo procurará esclarecer, sendo que, quando a mesma não conseguir, o orientador o fará.
  4. Terminados os esclarecimentos, será feita uma terceira leitura em que cada participante fará um questionário a respeito do texto, indicando:
    1. dúvidas que o texto tenha sugerido;
    2. dúvidas paralelas que a leitura tenha suscitado;
    3. interpretação geral do texto e suas intenções;
    4. questões outras que o texto possa sugerir.
  5. Os participantes, a seguir, se reunirão em grupos de 3 a 5 pessoas e discutirão as suas dúvidas, reduzindo-as a uma só relação.
  6. A seguir, cada grupo apresentará as suas dúvidas ou questões que serão discutidas por todos.
  7. Finalmente, após o término do momento anterior, o orientador fará uma apreciação do trabalho desenvolvido, completando-o se necessário.

TG-17 - PAINEL DUPLO

1. Caracterização da técnica

Possibilita despertar aspectos sobre o tema que não foram trabalhados. Pode ser usada mesmo após uma palestra, leitura, filme, etc.

2. A técnica é útil para:

  1. Desenvolver a capacidade de pensar e raciocinar logicamente.
  2. Procurar entender o ponto de vista de outra pessoa.
  3. Obrigar pessoas muito seguras de seu ponto de vista a analisarem logicamente sua posição e a posição contrária.
  4. Desenvolver a capacidade de argumentação lógica.
  5. Convencer determinado tipo de pessoa de que sua posição é mais sólida emocionalmente do que racionalmente.

3. Use a técnica quando:

  1. Os temas não forem aceitos uniformemente pelo grupo.

4. Como usar a técnica

  1. Pede-se a cooperação de sete pessoas que formam dois mini-grupos, um defendendo uma tese e o outro a contestando ou defendendo o contrário.
  2. Invertem-se os papéis. O ataque passa à defesa e a defesa passa ao ataque.
  3. O grande grupo pode manifestar-se, apoiando as teses que achar mais corretas.
  4. O tempo todo alguém funciona como moderador.

TG-18 - FÓRUM

1. Caracterização da técnica

A técnica é boa para garantir a participação de grande número de pessoas, sobre temas contraditórios, embora alguns participem como observadores do debate.

2. A técnica é útil para:

  1. Dinamizar o grupo.
  2. Desenvolver a capacidade de raciocínio.
  3. Desenvolver a logicidade.
  4. Ensinar a saber vencer e a saber perder.
  5. Desenvolver a capacidade de aceitar pontos de vista contrários.
  6. Desenvolver a imparcialidade de julgamento.

3. Use a técnica quando:

  1. Quiser treinar o grupo a não se envolver emocionalmente na questão, desenvolvendo a racionalidade.
  2. Quiser despertar a participação da assembléia através de depoimentos.
  3. Desejar discutir temas controvertidos.

4. Como usar a técnica

  1. Escolha três participantes: um defende, o outro contesta o tema, e o terceiro coordena.
  2. A assembléia deve participar, colocando-se de um lado ou de outro.
  3. No final, o moderador oferece uma conclusão.
Obs.- Para aumentar a participação pode-se constituir um corpo de auxiliares da defesa e da acusação, e um júri.

TG-19 - MESA REDONDA

1. Caracterização da técnica

Poucas pessoas dispondo de tempo para discutir um assunto, em igualdade de condições.

2. A técnica é útil para:

  1. Discutir ou refletir sobre um tema ou situação-problema.
  2. Obter a participação de todos (num grupo pequeno).
  3. Chegar a uma decisão participativa e, quando possível, unânime.
  4. Levar os participantes a assumir responsabilidades. Participação na decisão é garantia de colaboração.

3. Use a técnica quando:

  1. Procura sincera do diálogo.
  2. Igualdade entre os participantes.
  3. Universo comum de comunicação.
  4. Definição clara do tema ou problema e do objetivo a que se quer chegar.

4. Como usar a técnica

  1. Pequeno número de participantes, sentados em um círculo, em igualdade de condições.
  2. Discussão livre entre si sobre o tema proposto.
  3. Coordenação bem livre.

TG-20 - GRUPO PAC

1. Caracterização da técnica

A Análise Transacional estabelece três estados do EU que chama de:
PAIS, ADULTO, CRIANÇA.
A atividade típica dos PAIS incluem passar sermões, tomar conta dos outros, alimentar, punir, criticar, apiedar-se, julgar e dar ordens.
O melhor indício para a descoberta de quando um indivíduo está agindo com o estado do EU-PAIS é observá-lo quando fala. Geralmente está usando as expressões: Você deve, você precisa, isto está certo, sempre..., nunca...
Tem os braços cruzados sobre o peito e o dedo em riste.
O estado do EU-CRIANÇA é facilmente identificável por expressões emotivas como: Puxa! Eu quero! Viva! Legal!.
Quando a pessoa está no estado do EU-CRIANÇA está sorrindo, rindo, chorando, tem explosões emotivas, mete-se em confusões, diverte-se e faz os outros divertirem.
O estado do EU-ADULTO é objetivo, calmo, tranqüilo.. O adulto usa expressões que revelam dar informação, fazer perguntas, resolver problemas e discutir racionalmente.
De uma maneira geral é possível, ao interpretar conversas rotineiras, identificar o estado do EU que está dominando a pessoa.
Assim:
"Dois alunos de uma escola, Maria e João, foram apanhados matando aula. Como agiriam os Eus para dizer: Pegaram o João e a Maria matando aula?
PAIS - Este mundo está perdido. Que desavergonhados.
ADULTO - Você viu realmente?
CRIANÇAS - Puxa! Que azar o deles.
Utilizamos a técnica em aula, formando três grupos distintos - o grupo judicioso (PAIS), o grupo computador (Adulto) e o exemplificador (CRIANÇA).

2. Como usar a técnica

  1. Convém organizar com antecedência: os conceitos, as informações, as definições e as frases.
  2. Dada uma unidade de estudo, formam-se três grupos: grupo judicioso (PAIS), grupo computador (ADULTO) e grupo exemplificador (CRIANÇA).
  3. É oferecido ao grupo uma série de dados: conceitos, definições, informações incompletas (mas não erradas).
  4. O coordenador lê o conceito (incompleto) e o grupo computador deve reformular o conceito.
  5. Reformulado o conceito, o grupo exemplificador dá exemplos que ilustram o conceito.
  6. A seguir o grupo judicioso julga o conceito e o exemplo.
  7. Convém, depois de analisados 3 ou 4 conceitos, fazer um rodízio de grupos.
  8. Os grupos poderão ser avaliados em função das respostas dadas.
Para isso deverá ser organizado um GTA (Grupo de Trabalho de Avaliação) que anotará e dará nota aos grupos.

TG-21 - JÚRI PEDAGÓGICO

1. Caracterização da técnica

A técnica possibilita o treinamento de respostas a questões propostas, levando o grupo a uma atenção quanto a confirmação ou rejeição às respostas oferecidas.

2. A técnica é útil para:

  1. Treinar o disciplinamento do pensamento.
  2. Treinar o questionamento a questões.
  3. Treinar a habilidade em responder questões.
  4. Desenvolver a percepção do "endosso" ou do "protesto" a questões apresentadas.
  5. Desenvolver a capacidade de argumentação.
  6. Desenvolver a capacidade de síntese e de ordenação do pensamento

3. Use a técnica quando:

  1. O dirigente tiver inicialmente desenvolvido um trabalho dirigido que possa alcançar os objetivos propostos.
  2. For possível elaborar questões com soluções que abranjam poucas operações, propiciando o necessário reforço pela satisfação do acerto.
  3. Puder preparar um gabarito preciso e conciso em cada resposta (de preferência do livro-texto).

4. Como usar a técnica

  1. Os evangelizandos foram distribuídos em: Grupo A versus Grupo B ou Meninos versus Meninas ou ímpares versus Pares. A disposição dos candidatos ou grupos, nas mesas, será dada ou orientada pelo Juiz.
  2. Cada evangelizando deverá estar munido com o material de estudo e bem informado sobre a atividade.
  3. O evangelizador indica um exercício para ser resolvido e marca o tempo de resolução.
  4. Terminado o tempo, o Juiz (geralmente o evangelizador ou um bom evangelizando) indica um da equipe A para responder.
  5. Assim que houver a resposta, o seu advogado (da equipe A), diz: endosso (isto é, concordo com a resposta).
  6. O advogado opositor (equipe B), se concordar com a resposta, diz: confirmo. Se não concordar, diz: Protesto.
  7. Se o endosso for certo, a equipe A ganha um ponto. Se o endosso for errado, o juiz propõe uma rebatida ao plenário, que terá a oportunidade de reconsiderar a questão. O primeiro que se manifestar e corrigir o erro, seja da A ou da B, ganha um ponto para si cinco (5) pontos, e para o grupo um ponto.
  8. Se o advogado opositor protestar o erro endossado, ele deverá indicar um componente do seu grupo para responder. Se a resposta for certa, o grupo ganha um ponto e ganha a vez da saída para a próxima questão.
  9. Se o advogado protestar o certo (ou o errado), dar-se-á o debate entre os advogados, e o que vencer, mostrando o certo, ganhará para si cinco pontos e cinco para o grupo.
  10. Poderá haver continuidade do processo em duas ou mais reuniões, se o conteúdo o permitir.
  11. Deverá haver rodízio de advogados, promotores e juiz.
  12. É aconselhável, caso haja avaliação, converter os pontos obtidos em notas de aproveitamento.
  13. No manejo da classe, no trabalho, o juiz deverá mencionar o evangelizando que deve responder, assim: Aluno 3, na mesa 2, responda. Se a resposta não for dada de imediato, o evangelizando não terá direito de recorrer ao seu advogado, perdendo um ponto e a vez.

ESQUEMA DE ORGANIZAÇÃO DA SALA

Promotor JUIZ Promotor
Advogado Advogado
Mesa 1 Mesa 6
Mesa 2 Mesa 5
Mesa 3 Mesa 4

TG-22 - TÉCNICA DO RUMOR OU DO BOATO OU CLÍNICA DO RUMOR

1. Caracterização da técnica

Teve origem por ocasião da Segunda Guerra Mundial, a fim de fazer frente aos inúmeros boatos surgidos em conseqüências desse fato.

2. A técnica é útil para:

  1. Treinar a percepção da comunicação livre dos bloqueios, ruídos, filtragens, que põem obstáculos não só ao relacionamento dos membros, como também à produtividade do grupo.
  2. 3. Use a técnica quando:

  3. No início de um curso, de uma conferência, de uma reunião de grupo ou como tema introdutório de relações humanas.
  4. Quando se pretender demonstrar o efeito das distorções de comunicação.
  5. Quando se necessita demonstrar as filtragens de comunicação em termos de circulares, avisos, portarias, etc.
  6. Quando se desejar a intercomunicação entre pessoas ou entre grupos.
  7. Em reuniões onde as comunicações estão defasadas, é interessante utilizar no início das discussões.

4. Como usar a técnica

  1. O trabalho poderá ser realizado através de dois tipos de estimulação: verbal e gráfico.
  2. Estimulação gráfica:
  1. O dirigente deverá prover-se de uma lâmina de tamanho grande que represente uma cena na qual figurem pelo menos 20 detalhes significativos. Deverá dispor também de um aparelho gravador para registrar textualmente as sucessivas exposições. Costuma-se usar lâminas em que os objetos ou situações são desenhadas com certa ambigüidade, a fim de poder observar a capacidade de percepção dos indivíduos na experiência. Utilizam-se, também, duas lâminas.
  2. O dirigente convida seis ou sete pessoas para atuar como protagonista de uma experiência interessante. Solicita a estas pessoas que se retirem do local por um momento, dizendo-lhes que quando forem chamadas, uma por vez, deverão escutar atentamente o que se lhes diz e repetir o mais exatamente possível. Não se informa ao protagonista o objetivo da prova, se bem que isso pouco importe.
  3. Coloca-se diante do grupo a lâmina grande, mas de tal forma que não seja visível para as pessoas que vão entrando.
  4. O dirigente chama uma das pessoas que saíram e pede a um espectador previamente designado que descreva a lâmina em voz alta, enquanto o primeiro sujeito da experiência presta atenção ao relato, sem ver a lâmina.
  5. Antes de começar a descrição da lâmina faz-se funcionar o gravador, o qual registrará o processo até o final da experiência.
  6. Através desta primeira descrição direta da lâmina o grupo poderá advertir "quão eliminadora de detalhes e imperfeita pode ser uma percepção ainda quando seja descrita por um indivíduo que nesse momento estivesse observando diretamente a cena".
  7. Terminada a descrição da lâmina pelo primeiro indivíduo, chama-se ao recinto um segundo sujeito, o qual se coloca junto ao primeiro, sem que nenhum dos dois veja a lâmina. O primeiro indivíduo descreve então ao segundo o que acaba de ouvir, fazendo-o com a maior fidelidade possível. Então o primeiro pode sentar-se entre os espectadores, pois sua tarefa está terminada.
  8. Faz-se entrar o terceiro indivíduo e procede-se do mesmo modo que no passo anterior. O segundo relata ao terceiro o que acaba de ouvir. Assim sucessivamente com todas as pessoas que tenham saído do recinto, até que o último deles repita o que o penúltimo relatou.
  9. Ouvem-se os relatos através das gravações ou do relator e debate-se o assunto, em termos de distorções de comunicação.
  1. Como estimulação verbal se pode utilizar um texto, com mais ou menos 20 detalhes significativos.

TG-23 - MÉTODO CASUÍSTICO DE HARVARD

1. Caracterização da técnica

Atualmente tem-se dado ênfase ao estudo de casos, não só na empresa, mas também na escola. O chamado caso é levado a reunião de debates, a fim de que as opiniões e as informações favoreçam seu melhor entendimento.
Diversas técnicas têm sido desenvolvidas, envolvendo principalmente as teorias do desenvolvimento do pensamento (Piaget).
O método casuístico, desenvolvido pela Harvard Business School, nos EUA, tem sido usado em diversas universidades, empresas e escolas.

2. Como usar a técnica

São oferecidas algumas sugestões aos coordenadores das reuniões de grupo. São as seguintes:
  1. Oferecer aos participantes, em cópias, um caso que é apresentado em forma de teste de dupla escolha (certo, errado). Nesses testes são apresentados os dados do problema..
  2. Dar dez a quinze minutos para que cada participante leia o caso e responda às questões.
  3. Enquanto os participantes estão completando o caso, escrever os números de 1 a 10 no quadro de giz, com as colunas "certo-errado". Quando todos terminarem, reunir os evangelizandos participantes em grupos de dois ou de quatro a fim de que o assunto seja debatido.
  4. Partindo da primeira afirmação, perguntar a cada grupo (ou a um relator previamente designado) os motivos que levaram os participantes a responder "certo" ou "errado". Os debates deverão concentrar-se, de preferência, nas questões em que haja grande diferença de opiniões. Nesta etapa o coordenador deverá conduzir a reunião a fim de evitar discussões dispersivas e cansativas, sem resultado.
  5. Depois da discussão (mas sem relação com respostas em que houve um consenso), pedir ao grupo que responda de novo as afirmações à luz dos debates, que devem corresponder aos ensinamentos doutrinários.
  6. Ler as respostas previamente consideradas corretas a fim de que os participantes verifiquem, em grupo, como conduziram o teste.
  7. Marcar a distribuição das respostas no quadro de giz.
  8. Na etapa das respostas às perguntas - por quê -, o coordenador poderá contrapor o raciocínio dos mais exatos ao daqueles menos exatos (ou completos), apresentar seus próprios argumentos ou comparar o caso com princípios doutrinários implicados na compreensão e na resolução de problemas.
  9. Organizar uma equipe que, ao final, fará a avaliação das respostas às discussões.
  10. Convêm tomar certas precauções ao levar um caso ao debate:
  • Os casos não devem ser muito longos ou complexos, o que pode levar os participantes a discordâncias, que por vezes podem ser de difícil solução.
  • Deve haver, no exercício-caso, respostas certas e erradas. Quando não há respostas certas os participantes não acham fácil encontrar uma solução objetiva para suas divergências.
  • Quando o caso tiver problemas de fatos, opiniões, sentimentos, suposições, atitudes, convêm discriminar os "incidentes críticos", a fim de facilitar a solução.
  • Poder-se-á, se for o caso, acrescentar ao estudo do caso o comentário de vários "experts" como guias para o debate do caso.
  • Os grupos, se possível, poderão ser divididos de acordo com a atividade de cada elemento: grupo de supervisão, grupo de treinamento, etc.
  • Insistir no fato de que, quando se examinam esses casos, os grupos devem concentrar-se no que acontece e por quê, nas relações interpessoais que o caso envolve, do que essencialmente está sendo tratado, em quem é o culpado. Não se trata de uma tarefa de detetive. Esta abordagem provavelmente levará mais à crítica negativa que não é fecunda quanto à compreensão positiva e à análise criativa do relacionamento humano.
  • Convém certificar-se de que a análise do caso levará o grupo para a decisão e a ação. A análise deverá ser feita exaustivamente, levando em conta todos os elementos antes da decisão. As conclusões prematuras, baseadas apenas em experiências pessoais (em minha opinião, porque eu tive um caso, etc.) levam a distorções dos fatos.
  • No tocante a decisão e ao consenso, convêm perceber que, do ponto de vista da pessoa que considera o caso, raramente haverá concordância com os outros, na etapa de discussão. Diversas soluções ou decisões alternativas vão surgir. Alguns elementos poderão ser convidados para debater seus pontos de vista, para tanto, ser-lhes-ão dados cinco minutos de defesa.
  • Tratando-se de problemas humanos, onde são tantos fatores imprevistos e imprevisíveis, raramente podemos dizer que há uma solução perfeita sobre a qual todos concordem. Mediante o processo da própria análise e do treinamento do processo de avaliação, da interpretação das diversas suposições, gradativamente, chegaremos a soluções de consenso.
  • O objetivo desse trabalho de grupo não é a solução do caso, mas o desenvolvimento de uma proveitosa abordagem da questão.

TG-24 - MÉTODO CIENTÍFICO BÁSICO

1. Caracterização da técnica

2. A técnica é útil para:

  1. Exercitar o raciocínio e a imaginação criadora.
  2. Possibilitar o estudo de um tema em seus pontos chaves.
  3. Corrigir e esclarecer, de forma imediata, dúvidas sobre o tema proposto.

3. Use a técnica quando:

4. Como usar a técnica

  1. Apresentação do tema em uma palavra ou expressão-síntese.
  2. Divisão do quadro em partes iguais, tituladas:
    1. O que queremos saber?
    2. O que pensamos?
    3. O que concluímos?
  3. Apresentação e fixação, no quadro de giz, das questões chaves já preparadas anteriormente (o que queremos saber?).
  4. Anotações de mais algumas questões, propostas na hora, pelos participantes.
  5. Oralmente, os participantes vão respondendo às questões, que o coordenador anotar, sinteticamente, no quadro (O que pensamos?).
  6. Fornecimento de fontes de pesquisa previamente selecionadas ou vivência de experiências concretas que forneçam elementos para avaliação de suas respostas (etapa de pesquisa em pequenos grupos).
  7. Volta-se ao plenário para a apresentação de resultados finais, com comentários enriquecedores.
  8. O coordenador anota os resultados finais no quadro de giz, sinteticamente (O que concluímos?).
  9. Ao final, se alguma questão foi de maior interesse, pode-se dar a ela um enfoque mais amplo.
  10. Cada participante deverá registrar as conclusões finais e guardá-las consigo, para posteriores consultas.

TG-25 - QUEM SOU

1. Como usar a técnica

  1. Fazer um cartaz contendo afirmativas com dicas alusivas ao que se deseja que os evangelizandos descubram. Para os menores afirmativas pequenas e fáceis; para os maiores, maior complexidade. No final do cartaz, o que se deseja que descubram.
  2. Ir descobrindo o cartaz, afirmativa após afirmativa; depois de cada afirmativa, perguntar: Quem sou eu?
  3. Se não conseguem identificar, descobrir mais uma afirmativa.
  4. Quando descobrirem, mostrar o final.

TG-26 - CAIXA DE SEGREDO

1. Como usar a técnica

  1. Colocar a caixa de presente sobre a mesa e aguardar a reação da classe.
  2. Dizer que este presente está relacionado com o tema da aula e que devem adivinhar o que é.
  3. Ir dando dicas para que a classe descubra.
  4. A partir daí, entrar no assunto.
  5. Se possível, no final da aula, sortear o presente.

TG-27 - LABIRINTO

1. Como usar a técnica

  1. Fazer um cartaz contendo uma frase sobre o SIM ou NÃO.
  2. Distribuir um labirinto para que os evangelizandos cheguem ao SIM ou NÃO.
  3. Perguntar quem encontrou mais SIM e mais NÃO.
  4. A quem encontrou mais SIM cabe arriscar o primeiro palpite sobre a frase escondida: - Devemos dizer SIM ou NÃO para esta frase?
  5. Antes de descobrir a frase, perguntar a quem fez mais NÃO: - Devemos dizer SIM ou NÃO para esta frase?
  6. Apresentar a frase e deixar que a leiam.
  7. Então perguntar se a frase merece um SIM ou um NÃO.
  8. A partir daí, desenvolver o conteúdo da aula.

TG-28 - ESCONDE-ESCONDE

1. Como usar a técnica

  1. Esconder uma gravura numa carteira ou cadeira.
  2. Pedir que procurem alguma coisa escondida na sala de aula.
  3. A partir da descoberta desenvolver o conteúdo da aula.

TG-29 - BOLA SABIDA

1. Como usar a técnica

  1. Fazer uma bola de papel ou usar uma outra.
  2. Fazer perguntas em tiras de papel, relativas ao tema da aula.
  3. Desenvolver o conteúdo da aula.
  4. Formar um círculo com a sala.
  5. Distribuir as tiras de papel pelos evangelizandos.
  6. Jogar a bola para um deles. Este deverá responder à pergunta que está no seu papel.
  7. Caso ele não saiba a resposta, joga a bola para outro que a deverá responder. Assim por diante até que alguém responda.
  8. A bola volta para o evangelizador que a joga para outro evangelizando, começando tudo outra vez.

TG-30 - PALAVRAS CRUZADAS MUDAS

1. Como usar a técnica

  1. Escolher uma palavra-chave do tema da aula, por exemplo: Jesus.
  2. Usando uma cartolina, fazer um diagrama de palavra-cruzada, onde serão escritas as palavras.
  3. Escrever em pedaços de papel uma palavra relativa à palavra-chave escolhida, numerando os pedaços de papel de 1 a 5.
  4. Sortear 5 evangelizandos e entregar a cada um, um dos pedaços de papel contendo uma questão.
  5. Dizer que deverão, na ordem numérica, apresentar a palavra para o resto da sala através de uma mímica.
  6. Quando a sala descobrir, ele colocará a palavra no diagrama.
  7. Completando o diagrama, aparecerá a palavra-chave, que deverá estar em destaque no diagrama.
  8. Aí começar a desenvolver a aula.

TG-31 - OLHO VIVO

1. Como usar a técnica

  1. Cartões tendo de um lado um número e do outro lado palavras que correspondem à resposta daquela pergunta. Estes cartões serão presos ao flanelógrafo com os números à vista.
  2. Virá-los e pedir à classe que olhe com atenção o que está escrito em cada cartão.
  3. Explicar que irá fazer as perguntas a que as respostas deverão ser dadas através dos números. Se o número dado pelo evangelizando não corresponder à resposta da pergunta, o cartão voltará a sua posição antiga, isto é, o número para cima.
Obs.- O evangelizador terá o cuidado de colocar os números sem seqüência lógica alguma.

TG-32 - QUAL É A PALAVRA-CHAVE

1. Como usar a técnica

  1. Cartões tendo de um lado um número e de outro uma pergunta.
  2. A primeira letra da resposta de cada pergunta poderá pertencer ou não à palavra-chave. O evangelizador garantirá que a palavra seja a desejada e não um sinônimo.
  3. Pedir a um evangelizando que escolha um número. Virá-lo e ler a pergunta.
  4. Depois de respondidas todas as perguntas, pedir que cada evangelizando (ou grupo) forme a palavra-chave do tema.
Obs.- Deverão ser feitas mais perguntas do que letras da palavra-chave.

TG-33 - MÍMICA

1. Como usar a técnica

  1. Dividir o grupo em subgrupos.. De preferência em dois.
  2. Cada grupo deve escolher títulos de parábolas ou estórias de Jesus, ou nomes de livros espíritas (por autor indicado ou livre).
  3. Cada grupo deverá indicar, à sua vez, um de seus membros para vir encenar a frase que lhe será dada pelo outro grupo.
  4. Ele tem três minutos para através da mímica fazer com que seu grupo descubra a parábola ou estória.
  5. Para encenar ele deverá:
    1. indicar para o grupo quantas palavras compõem a frase.
    2. indicar qual a palavra que irá representar.
    Obs- Poderão ser feitas combinações, válidas para os dois grupos, sobre as vogais, quando isoladas.
  6. Quando o grupo descobre a frase, ou vence o tempo, passa para o outro grupo.

VARIAÇÃO

Dar a cada grupo uma parábola ou estória para que represente para que o outro grupo descubra qual é.

TG-34 - PAINEL DE TRÊS

1. Como usar a técnica

  1. Dividir o grupo em três subgrupos.. Denominá-los: Apresentador, Opositor e Assembléia.
  2. O grupo Apresentador apresenta (sem ser interrompido), o conteúdo do tema.
  3. O grupo Opositor anota o que não concorda e o que concorda. Após o Apresentador terminar, lança suas anotações para o grupo.
  4. A Assembléia, que tudo ouviu e anotou, apresenta seu depoimento.
  5. O evangelizador conclui.

TG-35 - OUVINDO E CONCLUINDO

1.Como usar a técnica

  1. O evangelizador faz uma pergunta sobre assunto já visto.
  2. Ouve a opinião emitida pelo grupo e pode fazer ligeiros comentários sobre as mesmas.
  3. Divide a sala em pequenos grupos.
  4. Distribui textos para o estudo sobre a pergunta.
  5. Após a leitura e discussão dos textos, deverão
    1. Tirar conclusões sobre o tema.
    2. Citar as mensagens julgadas mais importantes.
  6. Cada grupo apresenta suas conclusões e anota sobre a dos outros.
  7. Comentam sobre o que ouviram.
  8. O evangelizador deve fazer uma apreciação sobre as conclusões.

TG-36 - EXPOSIÇÃO INTRODUTÓRIA

1. Como usar a técnica

  1. Fazer ligeiro comentário sobre o tema.
  2. Dividir a sala em 3 grupos.
  3. Cada grupo irá estudar alguns itens em textos ou livros levados pelo evangelizador.
  4. Deixar que os grupos troquem idéias sobre suas conclusões, estabelecendo uma seqüência, de forma a que um único evangelizando faça a apresentação final.
  5. Comentário final pelo evangelizador.

TG-37 - ESTUDO DIVIDIDO

1. Como usar a técnica

  1. Dividir a classe em 3 ou 4 grupos.
  2. Dividir o assunto em partes iguais ao número de grupos.
  3. Entregar a cada grupo parte da síntese do assunto para estudarem durante 5-10 minutos.
  4. Pedir que comentem por escrito o que entenderam e as dúvidas que permaneceram.
  5. Trocar as partes e os comentários entre os grupos, pedindo que analisem e completem o trabalho.
  6. Prosseguir até que o trabalho volte ao grupo original, que deve rever e dar unidade ao seu tema.
  7. Pedir a um elemento de cada grupo para que leia o resultado.
  8. O evangelizador faz a conclusão.

BIBLIOGRAFIA

01- Agostinho Minimucci - Dinâmica de Grupo: Manual de Técnicas - Edições São Paulo, Atlas.
02- Imideo Giuseppe Nérici - Didática Geral Dinâmica - Edições São Paulo, Atlas
03- Imideo Giuseppe Nérici - Metodologia do Ensino: uma Introdução - Edições São Paulo, Atlas
04- Metodologia do Ensino: Uma Introdução - Edições São Paulo, Atlas
05- Juan Diaz & Pereira e Adair Martins Bordenave - Estratégias de Ensino-Aprendizagem - Editôra Vozes.
06- Miguel Caviédes - Dinâmica de Grupo para uma Comunidade - Edições Paulinas.

07- Alaíde Lisboa de Oliveira - Nova Didática - Editôra Tempo Brasileiro.