sábado, 15 de junho de 2013

TESTES

5.  TESTES

Os testes não são o instrumento privilegiado da avaliação dos alunos e, como todos os instrumentos de avaliação usados na sala de aula, a sua utilização só faz sentido se estiverem alinhados com o currículo, ou seja, com aquilo que se pretende que os alunos aprendam. Assim, os testes não podem ser o único meio de proceder à avaliação da aprendizagem, uma vez que o currículo dos ensino básico e secundário inclui não só a aquisição de conhecimentos mas também o desenvolvimento de capacidades e a promoção de atitudes e valores. Por outro lado, este tipo de instrumento de avaliação visa o desempenho máximo dos alunos e não o comportamento típico, sobretudo, quando contém exclusivamente itens de verdadeiro/falso, de escolha múltipla, de completamento, associação, ordenação e de resposta curta. Um teste objectivo como este, promove a memorização, limita-se, por vezes, a determinar o conhecimento inerte existente na memória a curto prazo e não avalia as capacidades de pensar criticamente e de raciocinar eficazmente, ou seja, não estimula a aprendizagem significativa.

Sugestões para a sua construção:
·          Os testes deverão ser construídos utilizando diferentes tipos de itens;
·          Os comportamentos de memória, classificação/compreensão, análise e resolução de problemas, devem encontrar-se harmoniosamente distribuídos pelo conjunto das questões formuladas;
·          Deve apresentar as mesmas questões a todos os alunos, com o mesmo formato e as mesmas instruções e nas mesmas condições;
·          Todo o teste deve ser apresentado de forma completamente legível e interpretável pelos alunos;
·          Os alunos devem ter familiaridade com a linguagem utilizada, não podendo revelar qualquer ambiguidade nas questões;
·          O tempo de execução não deve afectar as respostas dos alunos, ainda que o seu ritmo seja bastante inferior ao médio, mas também não poderá ser muito curto, sob pena de perder a sua validade;
·          A forma de correcção e pontuação deve ser do conhecimento prévio dos alunos ou estar claramente definida no próprio teste;
·          No caso de existir uma folha de resposta separada devem ser dadas indicações precisas;
·          Se existir agrupamento de itens este deve ser feito em função de objectivos estreitamente correlacionados e ter, na medida do possível, forma idêntica.
·          No caso de existirem opções de escolha apenas entre itens que testem os mesmos objectivos (o que deve ser evitado) esses itens devem ter o mesmo grau de dificuldade e a mesma cotação;
·          Os itens devem ser identificados por um número de série e serem apresentados completamente na mesma página.
·          A forma de resposta a cada item deve estar claramente definida e separada da pergunta, nomeadamente quanto ao formato de apresentação.

NOTA:  Na sessão nº8, falar-se-á da avaliação do trabalho experimental/laboratorial e, nomeadamente, das provas experimentais e teórico-práticas).

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