domingo, 8 de agosto de 2010

HISTÓRIA A: SECUNDÁRIO: AVALIAÇÃO

2.7. AVALIAÇÃO
Parte integrante da linha metodológica seleccionada, a avaliação será entendida como elemento regulador da aprendizagem. Assim, a planificação das práticas de avaliação não se reveste de um carácter autónomo; ela deve fazer parte do processo de gestão das aprendizagens, contribuindo para o fornecimento de informação relevante na perspectiva do professor e na do aluno.Com efeito, convém que o professor, no estabelecimento de objectivos para cada unidade de ensino, não os encare numa perspectiva formalista que atomize os objectivos em torno de cada conteúdo e se traduza numa opção redutora que perca de vista a orientação geral da aprendizagem; mas convém, igualmente, que se não centre apenas no desenvolvimento das estratégias /actividades já que estas são apenas um meio de suscitar a interiorização do conhecimento e dos modos de fazer. A avaliação é, pois, indispensável ao professor, para a obtenção de informação sobre a adequação dos actos de ensino às aquisições desejadas.Por outro lado, importa que os alunos possam perspectivar os seus progressos, envolvendo-se na construção progressivamente mais consciente das aprendizagens; um tal processo só será viável se tiver sido suscitada nos alunos a representação dos fins a atingir e se lhe for sendo fornecida informação que possa utilizar para se corrigir.Assim, tornados claros para os alunos, num processo de co-responsabilização, os objectivos a atingir, as tarefas a desenvolver (no âmbito de estratégias que considerem a necessária individualização do ensino ) e os critérios de execução esperados, o professor ajudará cada aluno a encontrar os domínios em que, eventualmente, seja necessário modificar o seu desempenho. Releva-se, pois, o carácter formador da avaliação, em que o diagnóstico tem uma função instrumental. Por isso, e a fim de serem detectados, a tempo, eventuais desajustes, foi criado, como se referiu, à entrada do 10º ano, um módulo inicial com função de diagnóstico e de reorientação. A avaliação interna deve assim garantir o acompanhamento da progressão do trabalho a realizar em cada módulo, revestindo formas adequadas aos objectivos cuja consecução se pretende testar e sendo sensível aos processos e não apenas aos produtos. O que implica que, para além de testes escritos, sejam aplicadas listas de verificação, fichas de observação e outros instrumentos sensíveis à especificidade do desempenho das tarefas, tendo-se consciência de que, em alguns domínios, só no médio prazo serão evidentes os resultados.A perspectiva formadora da avaliação a que se deu relevo não se pretende porém incompatível com um controlo de características sumativas – interno e externo: professor e alunos sabem que a escola é um colectivo e que, tendo embora cada um direito a ser avaliado na sua individualidade, de modo a poder progredir, todos necessitam de ser confrontados com as exigências sociais, necessidade de que a escola não pode alhear-se.No curso de Ciências Sociais e Humanas o sistema prevê, no âmbito da avaliação sumativa externa, um exame final, no 12ª ano. A prossecução dos objectivos da disciplina, sistematicamente, visados ao longo dos três anos do Curso, propiciará aos alunos os instrumentos indispensáveis ao êxito nessa testagem final. De modo a auxiliar o professor a estabelecer as linhas de orientação relativamente às metas de avaliação externa, o Programa assinala os conteúdos de aprofundamento, os conceitos e as aprendizagens consideradas estruturantes.

Sem comentários:

Enviar um comentário