quarta-feira, 11 de agosto de 2010

PROGRAMA DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL: PLANO DE ORGANIZAÇÃO E SEQUÊNCIA DO ENSINO APRENDIZAGEM

PLANO DE ORGANIZAÇÃO E SEQUÊNCIA DO ENSINO-APRENDIZAGEM
O Plano de organização e sequência do ensino-aprendizagem encontra-se
organizado sob a forma de grelha, incluindo, para lá da linha de conteúdos e dos
conceitos, já enunciados no volume I, uma articulação expressa com os objectivos
gerais, uma clarificação das aprendizagens tidas por relevantes e sugestões de
estratégias/actividades.
Relativamente à linha de conteúdos, o volume I explicitou já, quer no que se refere
à componente histórica quer no que se refere à componente geográfica, as razões que
levaram à opção por três grandes temas: A Península Ibérica, lugar de passagem e de
fixação, Portugal no passado, e Portugal hoje.
Do mesmo modo ficou já explicitado que a abordagem dos conteúdos históricos
segue uma linha cronológica que não pretende ser exaustiva nem contínua, quer
porque a idade dos alunos não permitiria a apreensão de conteúdos muito complexos,
quer porque, numa disciplina que contempla simultaneamente a Geografia, o tempo
não o possibilita, quer porque a sequencialidade agora trazida ao ensino básico pelo
alargamento da escolaridade obrigatória oferece a possibilidade de introduzir
determinados conteúdos em fase mais avançada da escolaridade.
Quanto à componente geográfica, o primeiro e o último temas permitem o seu
tratamento de forma mais sistemática e autónoma, efectuando-se, na medida do
possível, uma articulação com a componente histórica no segundo tema.
Neste chama-se a atenção para a necessidade, já apontada no volume I, de
respeitar a natureza dos subtemas, centrados uns em episódios outros em largos
períodos da história nacional. Precisamente nestes, encontra-se contemplada a
componente geográfica.
Quanto aos conceitos seleccionados, pretende-se que sejam construídos no
decorrer do processo de ensino-aprendizagem ao longo dos dois anos, alguns mesmo
ao longo da escolaridade básica, tendo-se considerado níveis de aquisição
diferenciados que tenham em atenção a complexidade de cada um deles. Conceitos
relativamente complexos poderão ser abordados, desde que se parta da realidade
vivida pelos alunos, daquilo que, para eles, é mais próximo e significativo. Optou-se por
referir cada conceito uma única vez, no primeiro subtema, em que se considerou
oportuna a sua inclusão. Assinalaram-se, com um asterisco, aqueles que foram
abordados no 1.º ciclo. Através da análise do programa de Estudo do Meio, bem como
dos programas de História e de Geografia do 3.º ciclo, o professor estabelecerá,
relativamente a cada conceito, o nível de aquisição requerido no 2.º ciclo, na disciplina
de História e Geografia de Portugal.
O Plano de organização e sequência do ensino-aprendizagem inclui ainda uma
articulação expressa com os objectivos, gerais, tendo-se destacado os objectivos do
domínio cognitivo cuja prossecução é mais evidente e salientado os objectivos do
domínio de atitudes/valores, apenas quando o subtema permite realçá-los. Optou-se
ainda por clarificar os conteúdos e conceitos/noções básiças, no intuito de concretizar
a amplitude do tratamento de cada subtema e referir as aprendizagens mais
relevantes.
Relativamente às técnicas/actividades, as sugestões apresentadas são um
enunciado de alternativas possíveis e não têm, como é óbvio, carácter vinculativo,
podendo ser substituídas por outras que se revelem mais adequadas às características
dos alunos e às disponibilidades da Escola e do Meio, excepção feita para a
elaboração do atlas da aula e do friso cronológico que se consideram indispensáveis
para estabelecer a articulação, do ponto de vista do espaço e do tempo, entre os
vários subtemas. A sugestão, frequentemente referida, de utilizar o meio como recurso
pedagógico ou como objecto de estudo, materializa a perspectiva de regionalização
subjacente a este programa.
Registe-se, a este propósito, que relativamente aos alunos residentes no
continente ou nas regiões autónomas, o desenvolvimento dado às actividades
sugeridas no âmbito da componente geográfica deve considerar aquelas situações.
É ainda apresentada urna proposta de gestão do tempo que considerou, no
conjunto de horas lectivas previstas institucionalmente para cada ano lectivo, um
mínimo de 75 horas, indispensáveis ao tratamento dos temas. Previu-se também um
número de aulas para cada subtema, por se considerar que ele pode constituir um
indicador relativamente ao grau de aprofundamento requerido. Todavia, o professor
terá autonomia para gerir o tempo de que dispõe no calendário escolar, desde que não
comprometa a exequibilidade do programa nem subverta a natureza dos temas.
A proposta de flexibilidade na gestão do tempo contempla também a necessidade
de dedicar algumas aulas a actividades da Área-Escola, bem como de aprofundar, de
acordo com as potencialidades da região, um ou outro subtema.
Nas sugestões bibliográficas foram indicados dois tipos de obras: de apoio à
orientação metodológica preconizada e de suporte específico aos temas, nas suas
duas componentes, histórica e geográfica.
A necessidade de contemplar estas duas vertentes e o facto de ser difícil encontrar
obras de síntese referentes aos aspectos em análise, traduziu-se numa listagem um
pouco extensa mas que pareceu preferível, porque mais completa.

Sem comentários:

Enviar um comentário